Então, pensando bem, porque meu, já deu
porque vivemos nesta ditadura do E e do OU,
as coisas/pessoas são assim OU assado, dicotomicamente,
se as regras/bases/premissas são regidas pelo E
(certo e errado, honesto e desonesto, alegria e tristeza),
sua inclusão se dá pelo OU.
OU você está certo OU errado. OU você é honesto OU
desonesto,
E assim por diante.
E seria muito desagradável se todos fossemos iguais, nas nossas
diferenças.
Não que exista um errado, mais errado OU menos certo, porém,
os erros são diferentes e, mesmo entre os iguais,
há os dissonantes e os meios tons e nuances.
Deve ser muito difícil aos egrégios juízes supremos
perceber estas sutilezas,
de você estar certo e errado ao mesmo tempo.
E, mesmo aqueles que concordam na sentença,
se basearam em preceitos, por vezes, divergentes.
E quando tudo o mais fica sem enquadramento
cria-se o precedente.
Que, daqui pra frente, substitui os Es e os OUs
para se tornar igual, nas diferenças.
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